sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Teargas.

   
   Dia passa noite cai, a noite passa e o dia cai. "Podia ser só  mais um lindo entardecer em São Miguel" já dizia a música que ele escutava no celular. A rua, vazia. Uma velha olhava pela janela como quem espera por alguém passar para ficar encarando nos olhos. O menino chutava uma latinha de refrigerante amassada como um jogador de futebol corre atrás daquelas da Adidas dentro de campo, porém sem ter ao menos 10% da vontade que o menino apresentava.
   No céu, os pássaros voavam em direção as árvores para silenciarem sua linda sinfonia diurna. As estrelas ascendiam seu brilho aos poucos, como aquela lâmpada velha da casa da vó que demorava pra chegar ao seu brilho total. Dentro do meu quarto um breu, só dava pra ver a cama por causa da luz do poste que entrava um pouco pela janela.
   Dentro de meus pensamentos, você estava. (...) Linda e sorridente como sempre, eu, confuso estava. Você longe e eu me perguntando o que eu to fazendo aqui? Mas nada que não já tenha uma frase pronta para conceituar: "nem sempre a vida é como nós queremos que seja".
   A noite já se abatia sobre o céu, as estrelas agora com todo seu explendor brilhavam, a lua... bem a lua se escondia, não sei se ela estava na parte do céu que escurece a parte de traz de minha casa ou se hoje era uma monótoma noite sem lua.
   A rua agora já não tinha mais ninguém a não ser aquelas pobres almas que vagavam por ela, perdidas atrás do caminho de suas casas... Ou então a menina filha do vizinho que ia pra festinha do pagode embaixo da rua. Enquanto eu ouvia as vozes dentro de minha casa, distintas, porém pouco chamavam minha atenção, a noite me ensurdecia com seu silêncio.
   Eu agora me viro e pego meu celular, ponho pra tocar aquela música que eu e você gostamos tanto, já eram quase meia noite e eu já estava com sono, me deito. penso em você e tento imaginar você ao meu lado (...) o sopro de vento que bate no meu rosto soa como um beijo seu de "Boa noite", o travesseiro como um abraço seu e o lençol ,que me cobre em mais essa noite de outono, seu corpo... Porém... Frustra-me abrir os olhos e descobrir que não.

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