segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ive Brussel



Notas de chocolate, acordes de bossa nova. No pandeiro se bate e o amanhecer nos renova. Sem sono, cansados. Bom dia, amado.

Sangue... Abram as portas da prolixa simbologia do amor. Amor?

Vinho. Escuro, escuso, uma nudez que causa tremor. 

As pernas? Estas já não andam mais. É torpe a sensação de paz.
 
É como escapar da realidade. Passional, a gente pensa que o sentimento de carnaval nunca mais vai voltar (risos). Voltou.

Mais maduro, é verdade. Mas envolvente, como um abraço ébrio ao som de blues.

Recortes, frases ao papel. São 11 horas de viagem para tirar seu véu?

Simbologias e significado. Poderíamos dizer que aquele dia deu quase tudo errado...

Uma janela, à luz da noite.

Uma cama, à luz de um abajur colorido.

Se o Putin vir atrás de mim, preciso de alguém que cuide dos meus gatinhos.


domingo, 12 de julho de 2020

Blue.


  Não é apenas uma cópia dos versos de Chris Isaak. O azul, além de ser o reflexo cromático da luz que incide sob meus óculos, é a cor da paz, dos mares paradisíacos, das capas de CD's, das roupas, das pinturas... A cor da água. Água que corre. Correnteza leva. Leva a mim, leva você. Leva o azul embora.
  Quando em contraste com cores quentes: O verde, o vermelho, o laranja. O filtro produz o toque, quase tântrico, de calmaria. "Está tudo bem" diriam para mim.
  Sob os ventos de inverno, as cores cinzas, negras ou desbotadas, o azul toma sua forma sutil e estrondosa (como uma tempestade). Leva o calor, leva o amor, leva a vida. Leva embora.


Leva azul, leva.

sábado, 11 de julho de 2020

CyberPunk.


Todos nós sabemos como é o verão. Quente, úmido (...). No lugar que vivemos é um alívio para a dor nos seios da face. Eu queria contar uma história de verão...
Diferentemente das noites vazias e melancólicas que já descrevi, essa claramente irá fugir dos meus padrões (...).

  O labor que não engrandece o homem e nem martiriza a alma para o perdão dos céus já estendia as amarras ácidas que destroem a bem valia de uma noite relaxante. Sem livros, sem jogos... Só dor e sono fálico. Mas vejam vocês... De ironias e polissemias o verão traz consigo a chuva. Ironia, a priori. Do calor desesperador à chuva que abafa o mormaço e ajuda o proletário a bem dormir.
  Há dias em que diante da materialidade da nossa história, os entrelaços pessoais clamam por um afago... Chovia.
  E como chovia. Por distinto apreço a tal chamado: Banho, roupas, preparos. Um guarda - chuva simboliza o conservadorismo presente às mentes descontruídas de tentar bater de frente com a natureza. A paixão é a natureza. Indomável! Vai onde quer e passa por cima de correntezas e ventanias! Sorri com um certo sono ébrio mas que logo logo passa.
  Vejam que aventura. A chuva mais forte do ano inundava a rua. As águas furiosas fariam qualquer bom vivant repensar sua boêmia. Tal pensamento não se abateu em mim, felizmente. Sob notas de reggae, leite de leoa e água de coco lá estava eu. Com óculos azul, antes relativamente feliz e talvez acanhado com a miséria do país. Mas estava lá, e era bom! Foi bom e é bom. O rememorar de cada gota de chuva é um abraço de saudade dos tempos que passaram.
  Não sou hipster e nem tenho o visual de um. O grunge combina bem mais comigo (estava com casaco xadrez). No calor daquela noite, a irônia era que as memórias de uma simples janela perpassavam cada segundo sob o breu urbano. Embora a vista a distância seja recheada de pontos luminosos distintos e organizados, como o formar de uma avenida, as luzes que apontavam para onde o meu eu seguir não eram tão generosas de tanta razão. Temos isso em comum: Neo-iluministas liberais nos irritam, tanto quanto caminhos pré-dispóstos ou destinos já demarcados.
  Aproximo das últimas ruas e era longe! Bem longe! Árvores, vento, um all star encharcado dentro da mochila, havaianas né? Porquê ninguém usa tênis no verão. Irônias...
  Se de calor e notas de reggae os primeiros parágrafos se fizeram, daqui em diante a complexidade ganha tons eletrônicos e a égide do "deixa acontecer" (let it happen) se transmite pelo ar. 
  Lhama. É fofinho né? Um bichinho legal dos Andes. Impala, aquele carro dos irmãos Winchester. LOVE. DEATH. ROBBOTS. Não faz sentido. Não fazia. A transformação do calor em chuva, a coragem torpe de enfrentar uma tempestade, o suor noturno de um mormaço tolerado ao vento da natureza dentro das construções da nossa limitada e finita engenharia humana. Eu precisava ser tão prolixo? Também não.
  As percepções enganam. A chuva, a solidão. Era verão! Não há frio ou temperaturas amenas onde estávamos. Era quente, muito quente. Não era perceptível de início, mas o constructo da percepção fora natural. Um laço vermelho, cuidadosamente constituído de suas curvas que circundando a si próprio criava o entrelaço perfeito à camada mais externa do processo básico de rememorar. Era nua, era um mel. Era a lua, era o céu. Sem erros, sem perseguições. Eramos dois, sem convicções. 
  Nunca irei entender como um sono fora tão ébrio, tão profundo, quente... Kirara dormia na sala com sua mitose que não cresceu. 
  Falei mitose né? Lembrei da Rosy.
  A despeito dos fins: Dia nublado, clima bom, risos.

Memórias não se esvaem como lágrimas sob a chuva.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Interlude.

Uma sensação antiga.
Uma viagem, azul, mar, paz.
Sorrisos.
Leve, abraços.
Uma linha contínua.
Vento, maresia.
Positivo.
Frio na barriga, não muito forte e também não de menos.
Faltam palavras pra descrever, mas não faltam sensações.
As vezes é silêncioso, as vezes tem o barulho que quero ouvir.
É novo, mas não muito.
É simples, mas tem tudo.

Sou de Fortaleza. Paz é um final de semana viajando, ouvindo eletrônica dos anos 90.

O simbolismo de certas coisas é estranho. Nem compreensível é.

Uma imagem vale mais do que mil palavras, uma sensação vale mais do que mil imagens?

Não sei. Não sei descrever. Só quero viver.

Reviver.

 

sábado, 5 de outubro de 2019

Lady in Red.

Intensa. Ela é. Rebelde como as bruxas.


  Courier porquê é melancólico. De todas as flores, a que trouxe o aroma mais sedutor e atraente foi a de pétalas vermelhas. Ela é amante dos versos parnasianos, só pode. Complexa? Não sei. As flores costumam virar-se para o sol afim de poderem constituirem-se de sua auto-suficiência, uma explicação pernóstica para fotossíntese.
  De frases em frases soltas, possívelmente o cansaço psíquico de ter que tolerar tal complexidade tenha-lhe cansado. Não sei também, seria contraditório alguém tão parnasiano esgotar-se disso.
  Não a conheço.
  Não a tenho em meus braços.
  Me pergunto se ela cançou-se.
  Compreenderia se sim. O silêncio de saber que jamais saberei trás consigo a angústia de Álvares de Azevedo.
  Seria ela a moça cujo a pele leitosa é inalcançável? Por vias de fato, ela mostrou-me o Carpe Diem. Pular de paraquedas de um avião, ela disse.

Pulamos. Juntos.

Caímos. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Going Under.


 Sono.
Força. Não há.
Culpa. Muita culpa.
Dor.
Muita dor.
Desespero.
Silêncio.
Frio.
Carência.
Não consigo terminar esse texto, ainda não é a hora.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Shitpost.


ansiedade que bate bate, ansiedade que já bateu
quem gosta de stress é ela
quem quer morrer sou eu