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Quando você não quis ficar mais comigo foi assim que eu me senti filha da puta! |
Era uma noite de verão e ele conversando com a mãe dentro do quarto. De frente pro seu computador, até então o seu melhor amigo. Não fazia muita diferença, ele havia largado um amor em potencial em prol do seu egoísmo desinibido havia 3 meses. A escuridão que se passava na sua alma era tamanha que nem mesmo a luz da amizade era capaz de iluminar, até porque, amigos ele não tinha muitos.
Não por consequencia do destino, mas por uma coincidência do mesmo... Uma mulher que tinha olhar confiante havia adicionando vosso amigo em uma rede social. Deixai-lhe uma mensagem protagonista!
- Quem é você tia? Você é do cursinho?
- Tia? Quem você pensa que é?
Fora plantado a semente sentimental entre os dois... Passaram-se uns dias e ele por inocência, ou falta de papo mesmo, confidenciou à mulher que ele havia se apaixonado no passado e que havia cometido erros que Iesous não perdoaria... Fez-se de inocente e ao mesmo tempo não... Coisa que as pessoas fazem quando querem mostrar como elas são de verdade e ao mesmo tempo tentam corrigir-se dos erros do passado.
- Como que um menino como você não tá namorando?
Sim, frase tão salutar na primeira vez que é ouvida... Depois de diversas decepções e, por conseguinte, repetições da mesma frase de outrora tão linda a vossos ouvidos soa agora tão irritante e repetitiva. Uma grande bosta pra ser mais sincero e se me permite a interrupção de minha própria história.
Caso querias saber, decidi escrever isso porque tento achar os meus próprios erros.
Certo, continuando: Ele teve uma semana de alergia, passou três dias deitado na cama espirrando como um daqueles europeus que agonizava antes de morrer de gripe espanhola num desses séculos passados... Que seja, eu to tentando ser Álvares de Azevedo, porém faltam-me muitos vocabulários pra chegar aquele nível.
Foi-se ele ao computador dizendo:
- Essa semana eu vou assistir aula a noite, a gente poderia encontrar não é?
E não deu outra... O rapaz foi pra lá assitir umas aulas de história e biologia para encontrá-la... Foi cheiroso e usou o melhor perfume que tinha, fato bem observado pela fêmea em questão. Mal ele tinha imaginado, a fêmea se sentiu atraída pelo odor másculo do garoto que ainda tinha cheiro de leite por baixo da barba rasa que estava na cara.
Continuaram a conversar e junto disso os migués acompanhavam vossas pessoas em questão. Até o fatídico dia que ela o diz:
- Briguei com as meninas, vou voltar pra minha cidade. Venha me ver... Antes de eu ir quero te ver pela última vez... Poderíamos ter nos conhecido antes não é?
E lá ele foi a procura da recinto da mulher na parte mais histórica da cidade. Ou melhor, depois dela... Numa subida de morro que, por sinal, depois de uns anos era vítima de saudosismo nas memórias do rapaz...
Okay, eles se encontraram... Deitaram numa cama e conversaram... Faltando alguns 15 minutos pra ela ir o tímido rapaz abraça-a e dá-lhe um beijo... Beijo esse que ele guarda uma foto em sua memória fotográfica até hoje... Os olhos se fechando, as memórias antigas ruindo e sua moral de pirralho se elevando a de um jovem homem que poderia ainda ser feliz.
A mulher se vai e deixa a mensagem:
- Um dia eu voltarei... Por você...
O menino, sim, apenas um menino acredita nessas palavras como se fossem as últimas promessas de algum pseudo-amor da vida... O menino se convenceu disso tudo descendo a rua da casa da mulher e ao ver o carro que ela estava partir para o centro-oeste.
Falou-se de meninagem, a mesma atua sobre vosso protagonista... Ele liga pro amigo pra comentar o ocorrido...
- Eu sabia que você ia conseguir bro! Agora cuida porque ela é muito gatinha!
E ele estava certo e as palavras que o amigo lhe disse foram cumpridas como as ordens que meu pai dá a um esmeril soldado ao subir os morros do sudeste de Minas.
Okay, passaram-se alguns dias e semanas e a prova que estava para mudar a vida de vosso protagonista estava por se aproximar. Vendo o futuro, ele iria morar perto da cidade da mulher cá apresentada no texto...
- Volto pra São Jão para fazer prova! Vamos fazer prova no mesmo lugar! Vamos ficar juntos de novo!
Pronto, aquilo foi como um "namora comigo"... Háh como eu poderia esquecer? A mesma disse:
- Se estivessemos juntos nós já estaríamos namorando agora... Pena que a distância nos deixa assim, você foi o menino que eu mais gostei na vida! Vou adotar você!
"Você foi o menino de quem eu mais gostei na vida"... Anotem essa porque cairá na infâmia tal frase também...
Passaram-se os dias e até com a família o virgem havia comentado sobre o ocorrido... Sobre se apaixonar por uma de 21 anos e que ela era linda e que não sei o que...
- Para de dar bola pra essas mulheres se não elas vão pisar em você!
Só tenho a agradecer minha mãe pela sábia frase que me foi dita...
Que seja, chegou o dia da prova... Resultado: O rapaz havia obtido sucesso na prova, porém não no amor.
A mulher diz que está tentando bloqueá-lo nos sentimentos e que está tentando não se prender a ele porque a mesma não sabe se poderá voltar um dia... Tal atitude, pouco valorizada no início dessa história, foi uma das mais sinceras e verdadeiras e que hoje eu valorizo como poucas vindas de uma pessoa... (leia isso com a minha voz)...
Eles passaram alguns momentos inesquecíveis, alguns momentos simplórios e felizes como um casal de namoradinhos no frio do outono naquela cidade histórica... Foi um dia perfeito...
No dia seguinte a mulher aos trancos e barrancos se dispidiu dele e entrou num carro de um desconhecido rumo à sua cidade no interior do centro-oeste... O rapaz ainda iludido por uma paixão, que ela mesma já o havia convencido que nunca existira, continuou a insistir no romântismo exarcebado que era característico de sua personalidade...