terça-feira, 16 de abril de 2013

"The Twilight is My Hobe"

  Era uma floresta temperada nos confins de outubro, coberta de gelo e lá estava ele seguindo a mesma simbologia de anagramas de sentimentos frios de novo. A esperança que se acercava da fogueira acesa já se vai... A dispidida da última chama que lá estava a queimar foi o fim. Não havia mais sentido para continuar ali... Congelar pelo frio deixado por alguma coisa é tão "deja vu" que ele nem liga mais.
   A única coisa que lhe interessa é se o pequeno morro de neve que se forma ali ao norte é grande o suficiente para que ele possa ver o crepúsculo novamente. Coberto pelas árvores brancas durante a maior parte do dia, as poucas horas de luz que lhe restam são todas despejadas sobre o manto verde e branco que se sobrepõe em sua cabeça. Seu velho gorro camuflado que ganhara do pai não é o suficiente para esquentar a cabeça pelas quais já se passaram os mais sombrios dos pensamentos.
   Chega a noite, os sons do violão tornam-se estridentes... Já que o barulho de toda a vida adormece ao seu redor, somente resta-lhe registrar seus sentimentos aos ventos do inverno boreal... Talvez quem sabe os cascos das árvores não estejam realmente a apreciar tal harmônia melancólica proveniente das duas últimas cordas de seu instrumento? pois como sabem... Essas são as únicas cordas que ele domina com destreza.
   Realmente, as pessoas não sabem o que é passar frio...