quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Some Kind Of Monster.

resumindo as coisas numa folha de papel...

  Essas são as ruas que assombram tua vida durante teu dia-a-dia, aqueles são os amigos que mais são inimigos, essa é sua mãe que destrói a confiança que a inocência dos teus olhos tem pro mundo. Seus olhos azulados, de adolescente pura e amável, acreditam como verdade absoluta que os amores se sobrepujam em seu coração e a na subversão inocente do amor.
  Ela anda a noite com os amigos, começa a beber... Encontra-se com seu amor 3 ou 4 vezes pela mesma noite, todos diferentes. Aquilo pra ela, ao ponto que estava, era o certo a se fazer. Seus fantasmas, em plena noite em rua iluminada pelos postes, põe a mão sobre seu ombro e sussurra no seu ouvido...
- Volta pra mim, eu gosto de você.
  O verbo gostar que ganha o significado simbólico de contrato aos ouvidos daquele cujo os olhos e coração só enxergam o que não é óbvio. Contrato quebrado, jogue minha pessoa fora. Foi o que aconteceu com ela... Jogada ao relento por aquilo que um dia segurou seu coração como um pilar que sustenta a mais imponente das construções. Ela cansou de construir o definitivo e ver o para sempre terminado com algumas semanas de mentiras, beijos e amor não correspondido.
  O ócio da cópula de dois corpos em plena noite... Não, isso não. Seu crédulo amoroso estava aos pedaços. Não havia motivo para o depósito de tanta confiança n'alguém que corromperia seu último resquício de inocência e logo depois correria para o nada... Não que isso pressione a consciência d'algum moribundo Zé por aí, era só mais um Zé, João, Bernardo, Pedro, Tiago, Henrique...
  Que lhe saltem os olhos o verde das florestas tupiniquins, em sua pele ela carrega uma parte da cor das nativas, um marrom que se confunde com pelos louros nos braços e com tinta amarela em seus cabelos. Seu último pedido fora a morte das esperanças da criança em seu interior...
- Me ensina a amar?
  E ensinou. Mais uma vez o amor morre pelo bem maior, talvez por uma coisa que fora válida, ela aprendeu a amar. Seus olhos... Foram corrompidos. As imagens de sorrisos juvenis são substituídos por retratos em preto e branco... Batom vermelho porquê agora ela era mulher...
Taciturna.