quarta-feira, 7 de setembro de 2016

1994





Sob o diabo e vossos afazeres: 

Tu que me esperas às águas de um rio

Sei que teus dias são longos e a destino algum tu te veres indo...

Aguarde por minhas vistas!

Porquê há alguém mais, além de ti, esperando à luz do estio que chegues a ficar de seu lado



Ore:

sua vóz é meu guia por agora

sem covas ou benções...

... Enterrados sob o solo envenenado


O Insuportável

ver o diabo à solta...

À caminho de minha ruína...

A idade que curva minhas costas..

E o demônio dentro de mim...

... Este que já voltou a me escoltar



Eu queimo!

A febre já me abarcou...

... Diretamente em seus braços

A pressão dos anos que se passam

Me põem contra ti novamente

E prometo somente a ti meu amor...

E por aqui fico a aguardar...

A respirar sob um cerco

Oprimindo meus sonhos

Esmagado pelas frustrações

Eu ainda não deixarei tu partires, diz o diabo...

Tu que nasceu ignorante

Procurando verdades sob um crédulo corrupto

Esmagado pelas cinzas de teus sonhos

Continuas esperando por alguma cor de verão...