segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Who Sold the World.

   

  
   Incomoda-me a lentidão, o quão bucólico, sombria e imprevisível pode ser a vida que vos cerca.
   Não chores por simples prazer em ver outras pessoas sentirem pena de si próprio. A lágrima que não cai, o grito que não sai e a frustração são os verdadeiros sentimentos que lhe pesam nos ombros.
   Mas mesmo assim tu não derramarás uma lágrima.
Os momentos de sol são raros e sempre acompanhados de um terceiro. Ele ou ela. Os momentos são sublimes e rapidamente esquecidos.
   A ideia que permeia o pensamento durante um rápido resquício de tempo é semeada no espaço vazio de uma vida aterrorizantemente sem expectativas...
Se até agora tu que lestes isso não conseguiu sentir o peso dessas palavras é porquê não sentistes ainda o peso disso em vossa miserável vida.
    Eu me dou a licença de apregoar a meu leitor a desgraça. Aliás, não preciso.
   Se toda a sociedade que vos cerca se espelha em ideários arcaicos, quem seria minha pessoa para desejar o escárnio para essa tão desgraçada e corrompida população?
   Que isso passe como o vento, evapore como a chuva e que volte o sol. Mas não o sol que queima, o sol da manhã é o que cria a expectativa de um novo dia... Mas quando amanhece e tu já vês o por do sol incitando o fim... Fim do dia... Não há alma forte que não perca a envergadura.